sábado, 26 de setembro de 2015

O CINECLUBE ZUMBIS APRESENTA: “O GUIA PERVERTIDO DA IDEOLOGIA”



<ENTRADA FRANCA>
*Sequência de “O Guia Pervertido do Cinema”, documentário da diretora lançado em 2006

  *Após a exibição será feito o debate do filme.

Local: Anfiteatro da Unemat

Data e Horário: 26/09, às 19 horas

Título original: “The Pervert's Guide to Ideology”

Diretor: Sophie Fiennes

Roteiro: Slavoj Žižek

Produção: 2012

Lançamento: 7 de setembro de 2012

País(es) de origem: Inglaterra, Irlanda

Idioma do Áudio: Inglês

Elenco: Slavoj Žižek

Gênero: Documentário

Tamanho do arquivo: 1.36 GB

Qualidade: DVDRip

CLASSIFICAÇÃO: LIVRE


SINOPSE:

Dirigido por Sophia Fiennes e ‘estrelado’ pelo filósofo esloveno Slavoj Žižek, este documentário é continuação do Guia Pervertido do Cinema (2006), no qual o autor expõe suas ideias e tenta nos conduzir a uma reflexão sobre se existe ou não atualidade na discussão do conceito de ideologia, e suas formas e mecanismos de ação, propagação e perpetuação. Toda essa discussão é ambientada nas cenas de grandes clássicos do cinema.

Slavoj Žižek, nasceu em 1949 na cidade de Liubliana, Eslovênia. É filósofo, psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. Transita por diversas áreas do conhecimento e, sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan, efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós-modernidade. Professor da European Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana, Žižek preside a Society for Theoretical Psychoanalysis, de Liubliana, e é diretor internacional do Instituto de Humanidades da Universidade Birkbeck de Londres.

Em suas palavras: “O cinema é a mais pervertida das artes. Ele não nos dá o que desejamos. Ele te diz como desejar.”

CRÍTICA:

Segundo Zizek, é comum o entendimento de que a pós-modernidade seria um período pós-ideológico, onde as grandes ideologias já não fariam sentido, e onde a liberdade individual seria mais valorizada. Entretanto, através de um caminho tortuoso e não fácil de seguir, ele tenta evidenciar que existe sim uma ideologia vigente atualmente, e que ela é definidora inclusive da forma que vivemos e nos organizamos socialmente.

A ideologia vigente, segundo o documentário, seria a do consumismo, do capitalismo exacerbado, capaz de destruir o próprio planeta a fim de manter o fluxo de capitais e a aquisição de lucro. Esta ideologia estaria disfarçada em uma suposta liberdade para consumir o que se quer, quando se quer, para se ter prazer sem limites, para fruir a liberdade de escolha. Entretanto revela-se o paradoxo: somos livres para consumir, ou seja, nossa liberdade de fato serve ao interesse do capital, o que faz com que esta liberdade de fato seja uma ilusão criada e mantida pelo capital para que continuemos sendo escravos da ideologia, sem que a questionemos, sem que percebamos sua ação. Como exemplo, gostaria de citar o momento em que Zizek analisa a estratégia da rede Starbucks, evidenciando como a empresa compra a consciência de seu consumidor ao dizer que embute no custo de seus produtos um valor a ser destinado a causas sociais e ambientais.

Finalmente, Zizek tenta demonstrar como exercer a verdadeira liberdade. Através da crítica da ideologia, e de opções pessoais. Segundo ele, nossos sonhos são o que nos tornam escravos da ideologia. Se controlarmos nossos sonhos, se sonharmos desalinhadamente com a ideologia, estaremos caminhando rumo à liberdade. Mas ele não deixa de salientar que isto é sempre um processo doloroso.

Curiosidades:

Quando Zizek está falando sobre o filme de John Carpenter, “Eles Vivem”, ele diz que o nome do melhor amigo de John Nada é John Armitage. No entanto, no filme o nome dele é Frank Armitage.

Referências:

“Em ‘Tubarão’, de Steven Spielberg, um tubarão começa a atacar as pessoas na praia. O que esse ataque quer dizer? O que o tubarão significa? Houve diversas respostas, até mesmo mutuamente excludentes para esta questão. Por um lado, alguns críticos alegaram que, obviamente, o tubarão simbolizava a ameaça externa ao americano comum. O tubarão é uma metáfora para desastres naturais, tempestades ou imigrantes ameaçando cidadãos americanos e por aí vai. Por outro lado, é interessante notar que Fidel Castro, que adora o filme, uma vez disse que para ele era óbvio que ‘Tubarão’ é um tipo de filme de esquerda marxista e que o tubarão é uma metáfora para o brutal grande capital que explora os americanos comuns. Então, qual é a resposta correta? Para mim, nenhuma delas e, ao mesmo tempo, todas elas. Americanos comuns, como pessoas comuns em todos os países, têm muitos medos. Todos temos muitos medos. Nós tememos, talvez, os imigrantes ou as pessoas que consideramos abaixo de nós nos ataquem, nos roubem. Tememos que pessoas violentem nossas crianças. Temos medo de desastres naturais, tornados, terremotos, tsunamis. Tememos políticos corruptos. Temos medo das grandes empresas que podem basicamente fazer o que quiserem com a gente. A função do tubarão é unificar todos estes medos de modo que possamos trocar todos estes medos por apenas um.”

Duração: 150 minutos

FONTES:

Academia.edu:

Diário de Sinop:

Filmow:

IMDB:

Making Off:

Unemat:

Youtube:

Wikipedia, the free encyclopedia:



TRECHO DE "O GUIA PERVERTIDO DO CINEMA"







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