<ENTRADA FRANCA>
*Após a exibição será feito o debate do filme.
*A intenção é levantar o debate
sobre as últimas mortes envolvendo imigrantes na Europa, tema abordado pela
obra já em 1974.
Local: Anfiteatro da Unemat.
Data e Horário: 12/09, às 19 horas
Título original: “Angst Essen Seele Auf”
Diretor: Rainer Werner Fassbinder
Produção: 1974
Lançamento: 5 de março de 1974
País de origem: Alemanha
Idioma do Áudio: Alemão
Elenco:
Brigitte Mira
El Hedi
ben Salem
Barbara
Valentin
Doris
Mattes
Gusti
Kreissl
Gênero: Drama / Romance
Tamanho do arquivo: 1.368 GiB
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
SINOPSE:
Emmi,
uma viúva de 60 anos entra em um bar de Munique para escapar da chuva.É
convidada por Ali, um negro muçulmano e 20 anos mais novo que ela, para
dançar.O que leva Emmi a convidar Ali para passar a noite em seu apartamento e
depois os dois começam a namorar.Mas todos a sua volta questionam e desprezam o
relacionamento de ambos.
CRÍTICA:
A
abordagem de Fassbinder é simples e direta, e ele desenha as situações com
firmeza e objetividade, indo direto ao ponto. Cada cena tem grande intensidade
dramática, o que transforma o filme como um todo em um melodrama vigoroso. O
visual – cores fortes e básicas, com muito azul, amarelo e vermelho – reflete
visualmente essa abordagem direta, como se toda a história estivesse sendo
escrita com canetas de hidrocor, em fortes tons saturados. Há cenas
maravilhosas, como o momento em que Emmi conta aos filhos adultos que vai se
casar com Ali – um dos rapazes, com raiva, levanta-se e chuta a televisão,
fazendo uma referência velada a outro melodrama sobre preconceito, “Tudo o que
o Céu Permite”, do dinamarquês Douglas Sirk, grande ídolo de Fassbinder.
Como
nos melhores melodramas, todos os personagens fora a dupla central são apenas
rascunhos, existindo com a mera intenção de preencher papéis específicos
exigidos pelo roteiro – a garçonete loira do bar, o dono da mercearia, as
colegas zeladoras, os mecânicos. Eles entram e saem de cena rapidamente, e isso
permite que o espectador enfoque apenas Emmi e Ali, e o tema que Fassbinder
deseja: a dificuldade que todos enfrentamos para vencer determinadas imposições
sociais, baseadas em preconceitos, em nome de qualquer coisa que se pareça com
amor.
Embora
reflita um período específico na história da Alemanha, o filme possui um charme
universal, continua a possuir ressonância, e não apenas dentro do país europeu.
Praticamente todas as grandes nações da Europa possuem comunidades
terceiro-mundistas vivendo em seus intestinos; os argelinos lotam os subúrbios
da França, os paquistaneses e indianos vivem em moquifos na Inglaterra (no
Brasil, pense nos descendentes de africanos e ex-escravos). Desta forma, “O Medo
Devora a Alma” pode ser considerado um filme-irmão de “Caché”, de Michael
Haneke, e “Minha Adorável Lavanderia”, de Stephen Frears, que também abordam a
questão do preconceito em, respectivamente, França e Inglaterra.
Curiosidades:
-
O título, em alemão, foi deliberadamente escolhido segundo uma noção gramatical
incorreta. Essa escolha faz referência à dificuldade do protagonista Ali em
falar alemão.
Referências:
Emmi: Nós vamos ser ricos, Ali... e nós
mesmos vamos comprar um pequeno pedaço de paraíso...
Ali: Porque um paraíso?
Emmi: Ah, é apenas uma extravagância
minha...
Duração: 93 minutos
FONTES:
Filmow:
IMDB:
Livraria Cultura:
Making Off:
Plano Crítico:
Wikipedia,
the free encyclopedia:
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